Entendemos ética como um conjunto de normas que formam a consciência representados por sua conduta. A ética (éthos em grego) é sinônimo de propriedade do caráter. Ou ainda, em outras palavras, significa agir dentro do que chamamos de padrão ou convencional sem trazer prejuízos ao próximo, cumprindo valores pré-estabelecidos pela sociedade como correto.
Se entendermos o termo “correto” ou “verdade”, descreveria aqui também sobre valores ou juízo de valores que a sociedade faz de uma pessoa para outra ou por um conjunto de pessoas à outra. Estes termos podem ser entendidos pelo filósofo Kant, que apresenta como os homens diferenciam o certo do errado. Para além do esteticismo também vincula-se a ele o conceito de poder, uma vez que o correto de um pode ser diferente do outro, dependendo da suas relações de poder. Mas não é meu intuito entrar nos conceitos sobre poder, moral, esteticismo e verdade. Por isso, resumidamente, ser eticamente profissional é agir com boa fé para com os colaboradores, fornecedores e todos que se ligam de qualquer forma com o trabalho que se executa. Mas como a verdade de um pode diferenciar-se entre as pessoas, é importante levar em consideração quem é o outro para que as verdades estejam em sintonia.
Em meu livro, Eu, Líder contemporâneo de alta performance, explico a importância da ética nas negociações. Sim porque é nelas em que muito é explanado em palavras para possivelmente ser registrado em papel ou documento eletrônico. Trago um trecho para reflexão:
“Todos os negociadores, mas principalmente os mais cooperativos, devem estar preparados para encontrar negociadores que pensam dessa forma e se precaver, é claro, respeitando seus princípios éticos pessoais.
[…]
Na estratégia competitiva, a movimentação dos dois negociadores é baseada em utilização de vários tipos de poder, de táticas (que podem ser inclusive não éticas) e é feita por meio de extração de concessões mútuas. O negociador que possui maior poder cede menos e obtém vantagens para seu lado. Se o poder é a causa da movimentação, esta é feita mediante concessões durante todo o processo de negociação” (COSTA, H. p. 278,
Este trecho foi extraído do contexto das negociações comerciais e mesmo assim, é possível elucidarmos com o conceito de ética profissional, uma vez que nas negociações pode ser que haja uma tática não ética, desprovida de verdade, para fazer-se valer acima do outro, numa “disputa” de poder. É por isso que considero que para ter ética profissional, não deve-se envolver “jogo” ou estratégias de poder, mas uma cooperação. Quando as informações e intenções são cooperadas, o objetivo torna-se comum às duas partes e as atitudes não-éticas deixam de existir. Por isso ainda completo no mesmo contexto do livro: “a negociação cooperativa, ao contrário da forma tradicional competitiva, não envolve barganha de propostas e extração de concessões, sendo muito mais um processo de aprendizado e respeito mútuos.”
Na dúvida pense sempre nas atitudes essenciais:
- troca de informações legítima;
- construção da relação de confiança;
- percepção correta do outro negociador;
- atenção às concepções diferentes de justiça.
Convido meus seguidores para, caso se interessem, procurem pelo meu livro e conheçam mais sobre o líder contemporâneo e a ética profissional.
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